No dia 11 de janeiro de 2004, de acordo com o registro da 3º ata dos ensaios do Teatro do Pé, conhecemos o nosso atual dramaturgo Olavo Dáda. A convite do Danilo Nunes, o Olavo compareceu à reunião, na casa do Mateus Faconti, para conversarmos sobre as necessidades e expectativas do grupo em relação aos trabalhos que gostarí­amos de desenvolver em conjunto com um dramaturgo.É claro que, primeiramente, nos apresentamos e conversamos um pouco sobre o grupo, que era ainda muito novo, mas que começava a esboçar as metas que desejava alcançar.

Depois conversamos sobre a temática do primeiro trabalho que pretendí­amos desenvolver e como deveria ser o processo de integração do dramaturgo no desenvolvimento dos textos, sempre em conjunto com as construções e improvisações cênicas feitas durante os ensaios.

A presença do dramaturgo não seria necessária em todos os ensaios, mas em alguns ensaios chave, onde pudéssemos apresentar parte do trabalho cênico desenvolvido e acumulado durante os ensaios anteriores, fornecendo assim o material bruto a ser trabalhado e lapidado. É claro que quanto maior o número de ensaios feitos com a presença do dramaturgo, melhor e mais orgânico seria o resultado da criação. No entanto, isso nem sempre foi possí­vel.

Acho que devido à falta de recursos financeiros, e à necessidade de cada integrante do grupo preencher o seu próprio tempo, de forma equilibrada, entre levantar os recursos necessários para o próprio sustento e o fazer artí­stico, não foi possí­vel ao Olavo estar presente da forma que seria mais adequada ao desenvolvimento dos trabalhos.

No entanto, isso jamais impediu que ele aplicasse o seu grande talento em conjunto com o Teatro do Pé desenvolvendo excelentes textos como: “A Maldição do Cercado” (em Argumas de Patativa), “O Causo da Onça” e “Desventuras Pródigas” (nome provisório).

Nessa mesma reunião, também conversamos sobre a necessidade da entrada de uma atriz no grupo, o pré-requisito de que todos possuí­ssem DRT garantindo a situação profissional do grupo, a necessidade de parceiros para aulas de canto, violão e percussão e a necessidade futura do trabalho de um diretor musical. Todos objetivos já alcançados, com exceção do parceiro de violão e percussão.




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