Literatura de Cordel
47 Comentários Publicado por Mateus Lopes em 9 de maio de 2007 em Cultura Popular, Literatura, Pesquisas.A literatura de cordel é uma espécie de representação da cultura popular escrita, em formato de poesia, impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Ganhou este nome, pois é exposta ao povo amarrados em cordões, que são estendidos em pequenas lojas de mercados populares, feiras, praças ou até mesmo nas ruas. Muitos historiadores e antropólogos estudam este tipo de literatura com o objetivo de buscarem informações preciosas sobre a cultura e história de uma época.
Em meio à ficção resgatam-se dados sobre vestimentas, crenças, comportamentos, objetos, linguagem, arquitetura, etc. Esta literatura chegou ao Brasil através dos portugueses, na segunda metade do século XIX, e aos poucos foi se tornando popular. O objetivo de mostrar esta literatura é trazer, não só aquilo que todos conhecem, mas também curiosidades, tais como: as variações da metrificação deste estilo, os grandes escritores, bem como informar a existência da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
Demonstraremos, com isso, a existência de estudos específicos sobre a estrutura narrativa por temas/estórias, uma possível classificação de períodos e também que esta forma de escrever influenciou alguns escritores brasileiros, a saber: Ariano Suassuna, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto. Convém ressaltar que tal literatura também é utilizada no nordeste como forma de alfabetizar e em outros estados brasileiros, por alguns professores, como forma de introduzir a poesia e a literatura para crianças.
Proporemos desta forma apresentar alguns exemplares para manuseio e leitura, afim de despertar o interesse na comunidade científica acerca do aprofundamento destes estudos. Os futuros educadores da língua portuguesa devem ter motivação em buscar fenômenos literários contemporâneos desenvolvidos no Brasil, ainda que estas sejam predominantes em algumas regiões. Com base nesta exposição trazer à tona a interatividade lingüístico/cultural da Língua Portuguesa.
“Preste atenção por favor
na história que vou contar
ela explica o que é cordel
grande manifestação popular.”
( Paulo Araújo )
A literatura de cordel, aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Trata-se de uma poesia folclórica e popular com raízes no nordeste do Brasil. Consiste, basicamente, em longos poemas narrativos chamados romances ou histórias impressos em folhetins ou panfletos de 32 ou, raramente, 64 páginas que falam de amores, sofrimento ou aventuras, num discurso heróico de ficção.
Em todo o mundo, desde tempos imemoriais, a grande tradição da literatura culta correspondeu à transmissão oral de contar histórias em praças públicas ou teatros reais. Quando surgiram as máquinas impressoras, a divulgação dessas obras de pequena tradução literária estendeu-se a um número maior de leitores: algumas eram escritas em prosa a maioria, porém, aparecia em versos, pois era mais fácil, a um público analfabeto, decorar versos e mais versos, lidos por alguém.
Esta foi brevemente a trajetória daquilo que se chamou, na França, Literatura de Colportage (mascate); na Inglaterra Chapbook, ou balada; na Espanha Pilego Suelto, em Portugal, Literatura de Cordel ou folhas volantes. No Brasil e também na América espanhola a mesma trajetória foi seguida. Também aqui se conta e se canta em prosa e verso. Há em todo o país uma longa tradição e a presença sempre atuante de cantorias, improvisos e desafios: os poetas populares dizem , em versos, suas mágoas, alegrias, esperanças e desesperos do dia-a-dia.
“E depois de achar o mote
que o cordelista procura
Qual o tamanho do verso e
como é sua estrutura?”
Os folhetos de cordel possuem um número variável de páginas: 8, 16, 32 ou 48. Os dois primeiros tipos são, geralmente, destinados a contar algo ocorrido na região – os chamados versos noticiosos. Os mais longos são romances, que narram histórias de ficção ou da carochinha. Os versos são escritos em sextilhas ““ estrofes de seis linhas com sete sílabas poéticas cada uma com o seguinte esquema de rimas: AXBXCX, raramente são escritos em setilhas AXBXCCX ou décimas, que obedece ao esquema de rimas já consagrado na categoria de viola: ABBAAXXOOX
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Néya Maciel, graduanda do segundo ano do curso de Letras pela CEULAR (Centro Claretiano) em Batatais-SP, iniciou sua pesquisa sobre a Literatura de Cordel em
ter mais um pouco de sua história na paraiba .
e fazer que os jovens se insentivarem pela a literatura de cordel que não é muito divulgada em lojas e livrárias !!!
a literatura evoluir a mente e acriatividade do adolescente dessenvolver aos poucos …
AYNE
cordel
em livrarias
e melhor emque feirade artesanato !!!
O cordel para chegar ás livrarias tem que percorrer um caminho longo de divulgação, pois muitas pessoas, pelo menos no estado de São Paulo, não tem noção da riqueza desta literatura.
Eu e minhas colegas de classe do curso de Direito estamos fazendo um trabalho sobre a literatura de cordel, e gostariamos muito de conseguir algumas entrevistas com cordealistas em SP,se alguem conhecer, algum seria de grande ajuda..
Estou cursando história e pretendo fazer o meu TCC sobe literatura de cordel! Se alguem puder me dar informações sobe esse tema, qualquer que seja, já será de grande ajuda! Meu email e: tita.borges@yahoo.com.br
Bjos e agradecimentos desde ja!
CAros colegas
Informações sobre literatura de cordel poderão ser adquiridas nos sites
http://www.ablc.com.br – Academia brasileira de literatura de cordel
fotolog.terra.com.br/cordelnaescola
site do escritor Arievaldo Vianna
Ou através do e-mail acordacordel@hotmail.com.br
é melhor bota uma literatura de cordel
olá estou na 6ª série do ensino fundamental e estou fazendo um trabalho sobre litarura de cordel
gostaria de saber: Qual é a função da literatura de cordel na arte?
Obrigada
eu adorei esse site.eu estou 4 serie e esou istudando literatura de coldel foi muito bom ter pegado nesse site.
AQUELE ABRAÇO
Gostaria de saber como vêem a Literatura de Cordel na Região Sudeste, principalmente, no Rio de Janeiro, para o povo e e para a elite.
Motivo: Estou pesquisando com a finalidade de fazer um trabalho acadêmico a favor da Literatura de Cordel.
muito boa a explicação sobre a literatura de cordel….
mas acho que os exemplos dados não são convincentes…
sou uma garota de 14 anos que lê muito e adoro esse tipo de leitura,pois lembra a miha região,
sou nordestina pé de serra e a literatura de cordel consegue aproximar outras culturas da minha.
sou baiana,nasci no sul do estado numa cidadezinha chamada itajuípe,e aqui não são todas as adolescentes que tem o mesmo hábito que eu…
quando leem,e SE leem,o que entendem mesmo é apenas as dicas de moda que são dadas em revistinhas para adolescentes.
fico triste com essa situação porque está desvalorizando a minha cultura,e a literatura de cordel talvez mude essa situação
Muito bom gostei muito…….
eu sou da 4série do ensino funtamental e tive que fazer um cordel e foi aki que eu achei o cordel!!!vocês fazem um ótimo trabalho!!
obrigada
oi,minha professora leu um livro de cordel para a turma e eu gostei muito foi muito bem creado o livro foi escrito por Bráulio tavares
fala sobre um andarilho que encontrou uma menina chamada isabela que quase foi atacada por uma onça e ele foi para uma casa mal asombrada muito legal.
Tinha que faser um desenho eu fis da casa mal asombrada lindo
bom gostei do site sou professora de portugues da 4 serie e pretendo dar aula sobre cordelaos meus alunos e esse site me ajudou muito!
´esse site é ótimo me ajudou muito a fazer o meu trabalho de redaçao sobre literatura de cordel
doreiiiiiiiiiiiiiiiiii bejusssssssssssss
O Poeta
Autor Raimundo Nonato da Silva
Sou simples, mas sou poeta.
Por isso agradeço a Deus
Porque através do verso
Canto os sentimentos meus
Mas quem não nasceu poeta
Não pode cantar os seus
Eu canto os meus e os seus
Seja alegria ou tristeza
Sou um poeta plebeu
Convivo com a pobreza
Mas a minha poesia
Eu não troco por riqueza
Já pensou se na pobreza
Que eu vivo todo ano
Se eu não fosse repentista
Pra cantar meu desengano
Eu não sentia alegria
E era um homem sem plano
Eu paquero com a rima
Namoro com a cantoria
Sou noivo com a viola
Casado com a poesia
E junto com a inspiração
Tenho tudo que queria
Sou um amigo do verso
Companheiro do repente
Colega do improviso
Que chega na minha mente
Fã da musa inspiradora
Que me faz ser sorridente
Deus me deu eu acho bom
Esse dom como uma oferta
É uma dádiva tão boa
Que eu fiz a descoberta
Que eu só devo usar ele
Quando for à hora certa
Gosto tanto da viola
E do seu bonito som
Se Deus quisesse trocar
O mundo todo em meu dom
Eu ainda não trocava
Porque cantar é tão bom
Poesia é meiga e pura
Mais doce do que geléia
Sou um aluno de Deus
E amigo da platéia
Eu sou humilde mais tenho
Assunto sonho e idéia
Sou menestrel sou aedo
Sou um poeta sou vate
Minha poesia é pura
Contem o melhor quilate
Sou um herói sou guerreiro
Que não foge do combate
Suo compositor sou musico
Sou bardo sou um cantor
Sou escritor da natura
E como sou trovador
Nada faço para mim
Sim pra louvar o senhor
A minha imaginação
É como um computador
Seu quiser faço um desenho
E pinto com qualquer cor
Por que Deus mim fez poeta
Desenhista e bom pintor
Eu também suo escultor
Sei esculpir e talhar
Sou pedreiro e escritor
E gosto de trabalhar
E sou até um cantor
Quando eu quero cantar
Na cultura popular
Aprendi fazer repente
Tem muita gente que diz
Você é inteligente
Quem sabe um pouco de tudo
Então é polivalente
Outro diz que minha mente
É uma fonte que cria
O meu desenho parece
Com a minha poesia
E a pintura do verso
Vou fazendo todo dia
O poeta é detetive
Curioso e jornalista
Pensa pra poder fazer
Canta toca e é repentista
Não tem artista maior
O poeta é maior artista
Se o carro sair da pista
Ele ou o motorista é ruim
Poeta não sai da métrica
Deus fez o poeta assim
Pra andar na linha reta
Certo do principio ao fim
Através da poesia
O poeta faz novela
Filme e escreve romance
De uma forma muito bela
Só sábio entende o poeta
O que ele faz Deus revela
O poeta escuta e fala
É muito meditabundo
Inspira e é inspirado
Por ele ser tão profundo
Quem é poeta não vive
Muito tempo aqui no mundo
O poeta é oriundo
Confunde os homens ateus
Quem ver sua inspiração
E os lindos versos seus
Passa acreditar no céu
E começa chamar por Deus
Ele estar perto de Deus
Mesmo o céu sendo distante
Faz do improviso um carro
E passa a ser viajante
Através do pensamento
Anda o mundo no instante
O poeta é um amante
Ele conhece o amor
É Dublê e cineasta
Ator e um grande autor
Mesmo que quem tenha inveja
Não conheça o seu valor
O poeta é locutor
Interprete musico e palhaço
Mesmo que a mídia se esconda
Sem querer lhe dá espaço
O inteligente sabe
Que ele vai passo a passo
O poeta é um pedreiro
Arquiteto e tem talento
É construtor que faz prédio
Edifício e monumento
No alicerce da rima
Com a planta do pensamento
Se você está doente
De amor e de paixão
Venha e fale com o poeta
Que vai saber com razão
Que ele é o Psicólogo
Da mente do coração
Sem precisar de lição
Seja o grande ou o miúdo
Ele faz do pouco muito
Multiplica conteúdo
Um homem simples e humilde
Mais sabe um pouco de tudo
Apenas disse um pouquinho
Do que você quer saber
Espero que este pouco
Der pra você entender
Que o poeta é tanta coisa
Que eu não sei nem dizer
Poeta é advogado
Que defende a natureza
É um juiz sem justiça
E sem força pra defesa
Por isso é que o Brasil
Ta cheio de safadeza
Poeta não é um índio
Mais sente o que o índio sente
Porque poeta se inspira
Olhando o meio ambiente
É aluno da natureza
A professora da gente
Poeta é inteligente
Todo sábio dele é fã
Ele é especialista
Estuda hoje e amanhã
Chama o pássaro de colega
E a árvore de irmã
Poeta sabe escutar
A voz linda do trovão
E ele diz que é Deus
Dando uma grande lição
A um ensina viver
E noutro passa carão
O poeta tem noção
E gosta de passear
Vive mandando recado
Das águas do rio pro mar
Por ser um artista nato
Tem o mesmo linguajar
Ele sabe até chorar
Mais só gosta de sorrir
Um quer lhe é elogiar
Outro quer diminuir
Mas o poeta nem liga
Sabe que vai conseguir
Ate-nos que despontaram
E nasceram para a luta
Ta nos lábios da donzela
No doce que tem na fruta
Naquele que goza a vida
Delicia-se e desfruta
Poeta é estrategista
Especialista em beijo
Sabe se realizar
E sabe matar desejo
Esperteza de poeta
Em outro homem eu não vejo
Poesia esta no homem
Sábio que busca o estudo
Na cobra de corpo liso
E no preá cabeludo
Não falta esta, mas em nada.
Vejo poesia em tudo
Poesia esta na mãe
Que sente uma grande dor
Sujeita a morrer no parto
Para provar seu amor
Inda tem filho ruim
Que não quer lhe dar valor
Poesia esta na haste
No caule e tronco da planta
No quadro da natureza
Que retrata a musa santa
Nos sons das nossas violas
E nos versos que a gente canta
Poesia esta também
Na brisa quando flutua
Nos reflexos doa estrelas
No brilho lindo da lua
E no apito do guarda
Que deixa o eco na rua
Poesia esta nas obras
Boas que são construídas
Nas ovelhas encontradas
E nas que estão perdidas
E até no oxigênio
Que é indispensável à vida
Poesia esta na glosa
No vate e na emissora
No estudo do aluno
No saber dar professora
E no menino Jesus
Que nasceu na manjedoura
Poesia esta na greve
Do professor na escala
No rico que tem de tudo
No pobre que pede esmola
No mensageiro da rima
Quando pega na viola
Poesia esta na torre
Construída em babel
Na coragem de Abraão
Na espada de Miguel
E no néctar açucarada
Que abelha produz o mel
Contos e fábulas da natureza
Autor poeta Raimundo nonato da silva
O cachorro é candidato
O Prefeito ou Senador
O burro vota no gato
Por que jegue é eleitor
E se o gato se eleger
Pode ser governador
Comadre raposa agora
É candidata que vem
Pede o voto do cavalo
E de dona égua também
Raposa e política esperta
A ladra pior que tem
Compadre gato é também
Presidente do partido
Alem de chefe político
Por que é muito sabido
Enganando os bichos bestas
Já estar enriquecido
Compadre tigre também
Diz que é Veria dor
Comadre onça é assessora
E o lobo devorador
Diz que vai ser candidato
E o bode é seu eleitor
Mas o bode é pulador
E não sabe com quem fica
O tesoureiro é o lobo
Deixa todos na fubica
Mas cuidado com a raposa
Se não agora ela inrrica
Gato e raposa roubam
Cachorro é sem consciência
Lobo e rato roubam muito
Por que tem inteligência
Cada golpe de estado
Acaba com a previdência
Na missa da natureza
É lógico que acredito
O papagaio é o padre
Que faz o sermão bonito
Macaco assoveia e toca
Pro galo cantar bendito
O pardal eu admito
Que ele é o são cristão
A andorinha é a freira
O jumento é com razão
Coroinha da capela
Que o louro faz sermão
O papangu é o papa
Que fala mais de um idioma
Temos o papa larga ta
Que não é papa de Roma
No vaticano da mata
Freio graúna se a proma
O cachorro é o soldado
Raposa é réu infeliz
Macaco é advogado
E o leão é juiz
O tigre é o promotor
Corta o mal pela raiz
Já o gato acusa e diz
O roubo que o rato fez
Gato rico testemunha
Rato pobre é pro xadrez
E urubu por ser preto
Com garça nunca tem vez
Papagaio diz mais de uma vez
Por ter descriminação
Rato pobre urubu preto
E galinha faz confusão
Por que preto puta e pobre
Sempre perde na questão
O jumento é com razão
A sentinela do foro
O louro diz um ladrão
Acusar outro ignoro
O gato acusando o rato
E com raiva disso eu choro
Diz o papagaio no fórum
O julgamento inicia
O macaco é advogado
Se ganhar faz alforria
Mas se perder o réu vai
Parar lá na encho via
Julgado de noite a dia
Um acusa outro defende
Por que o disse e me desse
Quanto mais se tira rende
E o leão da um esturro
Só a tigre é quem entende
O criminoso se rende
Mesmo sem ser réu confesso
A audiência se finda
E diz o macaco eu peço
Que absorva o ratinho
Pra ele fazer sucesso
Na medicina ecológica
O cachorro é o doutor
Se outro bicho se fere
Ele lambe e cura a dor
A raposa é a paciente
E a vitima do terror
A garça é a enfermeira
Eu digo e não é boato
Cuida bem do gado e zela
Quando cata carrapato
O hospital da fazenda
Pode ser curral ou mato
O jumento é o vigia
Da porta do hospital
Seu cacêtete estar pronto
Pra quem sair do normal
Quem rejeita sua ordem
Pode se da muito mal
O casso te pula e canta
Canta a rã e canta a gia
Como uma banda de musica
Cantam dentro da água fria
Cururu e sapo boi
Numa noite de harmonia
Lá na mata o te teu pia
E quem canta é a burguesa
Canta a rola cascavel
E o carão na represa
Todos formam uma orquestra
Do coral da natureza
Tem mais de uma surpresa
Numa lida colunata
Perto de uma cachoeira
Ouve se a voz da cascata
Juntam se as vozes dos pássaros
Com a queda da catarata
Escuta se o papa larga ta
Papangu e papa venta
O cão late no terreiro
No quintal rincha a jumenta
Esta orquestra toda noite
A natureza apresenta
Quando a noite se ausenta
Canta o galo no pule iro
Porco ronca e pinto pia
E o sonhinho prezepeiro
Asso veia como um guarda
Noturno em pé no terreiro
Urra o boi quando o vaqueiro
No pescoço bota a canga
Já o macaco ligeiro
A trepa se no pé de manga
Enrola a ponta do rabo
Com meça fazer moganga
Do cachorro o gato manga
Depois que defeca enterra
Chia o rato no buraco
De uma parede de terra
Como alguém que se esconde
Na fronteira de uma guerra
Berra o bode no chiqueiro
Quando o menino lhe amarra
Pra cantar com a voz perra
Na serra tem a cigarra
Até mesmo os animais
Também gostam de fanfarra
Todo dia ali tem farra
Quando o sol se descortina
Canta a peitica e o canário
e o galo de campina
Rouxinol e patativa
Numa manhã nordestina
Urubu não faz buzina
Mas depois que aterrissa
Vê se uma multidão
Cortejando uma carniça
Como um bocado de gente
Olhando o padre na missa
Depois que o vento atiça
A vaga lume se acende
Já a aranha rendeira
Que trabalha e se defende
E quem vir mexer com ela
Na sua rede se prende
Somente o deus que entende
A natureza abençoa
Sabe por que peixe nada
Sabe por que pássaro voa
Por que cobra se arrasta
E por que abelha ferroa
Pra ficar com a voz boa
O sabiá tem prazer
Procura logo pimenta
Mas só quer aqui arder
Não tem ucéra nem grastite
Nada vai lhe ofender
Peba e tatu ao correrem
Metem-se dentro da toca
O gavião pega a cobra
De uma mão pra outra troca
Solta no chão e lhe pega
Fazendo a maior fofoca
As vazes na grande loca
Esconde se a onça pintada
O leão e a pantera
Preparam-se pra cassada
Que pela sobrevivência
Lutam sem temer a nada
Corre a raposa assanhada
Comedo do lobo mal
Com que fica a sua espera
Dentro de um matagal
Do jeito de um pistoleiro
Pra da um golpe fatal
João de barro especial
Faz uma casa de terra
Contem dois compartimentos
Ele faz certo e não erra
Talvez seja o mais sabido
Doa pássaros que tem na serra
Tem a ovelha que berra
O Deus fazendo louvor
O xexéu canta bonito
Por ser um ótimo cantor
Fazendo da natureza
Uma escola de amor
Meu verso aqui se encerra
Falando nos matagais
Nos pássaros e outros seres
E todos os animais
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Pica-pau serra madeira
Mesmo sem ter dentadura
A formiga cria asas
Para virar tanajura
Rato se torna morcego
E isto não é loucura
Cada um tem o seu dote
Pra lutar de noite a dia
Gato é sargento ligeiro
A onça é tenente e guia
E do oitão do quartel
O cachorro é o vigia
Um no outro se confia
Por se unirem em combate
O leão diz bata em mim
Na leoa ninguém bate
Se eu não defender ela
Meu filhote faz resgate
O transporte do resgate
Dar coice é mula ou jumento
Detona explosão de peidos
E é muito barulhento
O gambá é arma química
Por ter mijo fedorento
Auto desenvolvimento
Temos também a marinha
No exercito lá da praia
Cavalo marinho e sardinha
Peixes de todas espessem
Usando a força todinha
A baleia é a rainha
Topa todo desafio
Pula alto e vai no fundo
Não sente calor nem frio
No porto do oceano
É ele o maior navio
Merece o meu elogio
O tubarão com carinho
Parece com um barco grande
É ele o submarinho
Que nesta força naval
Ele não esta sonsinho
Já a foca e o pinguinho
Ensinam peixes nadar
Cavalo marinho é guarda
Esta sempre a vigiar
Se ver peixe boi marinho
Já corre a traz de pegar
Quando a força do mar
Se sente ameaçada
O poraquê pra dar choque
Combina-se com o espada
E o peixe agulha também
Enfrente qualquer parada
Fora da água salgada
Na doce tem a traira
A piranha é a guerreira
Vê o inimigo e mira
Não usa arma de fogo
Mais uma dentada atira
Na força aéria se atira
Cada um sem ter cansaço
O louro conta piada
O papagaio é palhaço
E o vento ajuda o corvo
Grande piloto do espaço
De tudo eu sei um pedaço
Do exercito da natura
O sonhinho é trapezista
O macaco lhe estrutura
Quem usa o Brasão de arma
Não pode fazer loucura
O mar também tem bravura
Com o seu remanso forte
Um lutando pela vida
Outro enfrentando a morte
Nas suas forcas marinhas
Só vive quem for mais forte
Colibri é helicóptero
Que cheira a flor do jardim
Voa pra frente e pra traz
E nunca se cansa em fim
Bate as asas muitas vazes
Por que Deus lhe fez assim
Já o zigui zigui sim
É ele o lindo avião
Tem as asas transparentes
E mesmo a cima do chão
Comanda a força Aéria
Da base do meu sertão
É a águia com razão
O grande avião aja to
Com bate do ar ao solo
Enxerga a sede e o mato
E filma do céu pra terra
Como quem tira retrato
Tem outro pedrador chato
Mas ele é o ponto chave
Mata o seu rival aos poucos
E tem o vool suave
O qual é o gavião
Eu comparo com uma nave
O urubu não é nave
Mas voa com ligeireza
Morre-se alguém nesta guerra
Pois pode ter a certeza
Que ele come o finado
Fazendo aquela limpeza
O pica pau faz defesa
Com valor especial
Combate o seu inimigo
Seu bico é o arsenal
Destrói o rival no ar
Com uma explosão fatal
Na força aéria das aves
Pois cada um se destina
Defender a sua pátria
Da triste fúria assassina
No batalhão da natura
Um aprende e outro ensina
Não aquém perca a rotina
No exercito do sertão
O galo toca a trombeta
Despertando o batalhão
Cinco horas da manhã
Já começa a malhação
O peru faz pirueta
Gira vigiando a terra
O leão é atalaia
Da fortaleza da serra
O elefante trombudo
Parece um canhão de guerra
Cava um buraco e se enterra
Pra se livrar do ataque
O peba é o carro tanque
Tem casco e suporta Baco
É como os carros de guerra
Usados lá no Iraque
O Tejo prepara ataque
Faz do seu rabo chicote
Casso te é igual a um micio
Quando salta e da pinote
E a cobra é o soldado
Que arma e não erra o bote
O macaco é capitão
Por que tem a pele preta
Quebra coco como quem
Na arma bota espoleta
E faz os colegas rirem
Quando faz uma careta
Eu queria descobrir
Por que a águia é valente
Renova-se a cada dia
Fica bonita e decente
Voa alto e nunca cansa
Encara o sol frente a frente
Por que é que o sol é quente
E por que a lua é fria
Por que um clareia a noite
E outro clareia o dia
E na sua rede elétrica
Nunca faltou energia
Sem pilha e sem bateria
Vaga lume é quem pisca
Quero descobrir por que
Quem não arrisca não petisca
Até pra pegar um peixe
O pescador bota a isca
Por que relâmpago faísca
E por que trovão estronda
Por que é que terra gira
Entorno do sol faz ronda
Por que planes se tem nível
E dona serra é corcunda
Por que cobra não tem bunda
E se a rasta pelo o chão
Vai comendo o pó da terra
Por que não tem pé nem mão
Faz a rodilha arma o bote
E briga até com leão
Quero saber com razão
Por que o porco é seboso
Por que é que pato é limpo
E leão é corajoso
E pavão por ser bonito
Quer da uma de gostoso
Por que coelho é medroso
Por que o peba tem casco
Mora na toca e se vê
O caçador diz me lasca
Por que caçador não brinca
Com seu cachorro carrasco
A canção não é do Vasco
Mas tem a cor branca e preta
Por que larga to se encanta
Para virar borboleta
E o macaco prezepeiro
É palhaço e faz careta
Por que é que a noite é preta
E lua tem quatro fases
Por que é que João de barro
Constrói casa e tem as bases
Assim como o professor
Se expressa bem nas frases
Por que é que a oásis
Da natureza é bonita
Por que é que o mar engole
A vitima e depois vomita
A cigarra não é guarda
E mesmo assim ela apita
Por que coruja é esquisita
Eu quero saber também
Por que sem linha e sem roda
O imbua vai e vem
Com as suas pernas lentas
E parece com o trem
Por que pito quer xerém
Pra sua alimentação
Galinha defende os filhos
Das garras do gavião
Bota de baixo das asas
E encerrou a questão
Quero saber por que cão
Tem muita raiva de gato
O cão persegue a raposa
O gato persegue o rato
No dia que pega um
Está garantido o prato
Quero saber por que rato
Só se transforma em morcego
E qual é a diferença
Do bode para o burrego
E por que o lodo é liso
E provoca o escorrego
Por que tem negro e galego
Por que milho tem boneca
Por que tripa de gambá
Da corda para rebeca
Por que ele fede tanto
Quando urina ou defeca
O tamanduá a breca
E na força se confia
A galinha não tem dente
Come milho põe e pia
Não tem vagina e tem filhos
Burra tem e não da cria
Sé de eu cheirar um dia
Um macho de perto eu corro
Mas já o cachorro cheira
O rabo de outro cachorro
Cutuca o tóba do outro
ele nem da esporro
Tem dois animais domésticos
Que aprendi admirar
Gato defeca e enterra
Sem ninguém lhe ensinar
E o cão late e faz medo
Pro ladrão se assustar
A arara também é
Uma ave muito bonita
A preguiça não trabalha
A Graúna canta e grita
E o mico leão dourado
Pula só pra fazer fita
O rato não acredita
Nas coisas que o gato diz
Nem gato no cachorro
Que não é muito feliz
E diz assim vou morrer
Sem conseguir o que quis
Comadre raposa diz
Compadre cão é esperto
Eu não posso da bobeira
Que ele pode estar perto
Essa é vida dos bichos
Que vivem lá no deserto
Quem é não admira
O mel que abelha constrói
E a formiga que rói
A folha da macambira
A babuia da trairáe
O canto dos sabiás
As curvas que a cobra faz
Com a maior ligeireza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
A lua clareia a noite
Com o seu resplendor forte
É quando o vento do norte
Chega dando aquele açoito
Continua no pernoite
A lua e sua clareza
Perecendo uma princesa
Mas é feita de metais
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza
No terreiro o bode berra
Quando o Boi urra e da bronca
No chiqueiro o porco ronca
E o lobo urra na serra
O peba escavaca a terra
E um buraco ele faz
Esconde-se dos chacais
Lá na sua fortaleza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Cada animal tem o dote
Pra pescar e pra caçar
O cachorro é pra ladrar
Mas a cobra arma seu bote
Pra pegar gente ou casso te
Por dentro dos matagais
Ela é discreta de mais
E tem veneno na preza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O cachorro ao se encontrar
Com o outro companheiro
Cheira logo no traseiro
Para lhe cumprimentar
Ou a traz de encontrar
O que perdeu muito a traz
É que a vida dos chacais
Só é fazer safadeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O homem mata o leão
A onça pega o via do
E a tigre ataca o gado
A baleia o tubarão
Águia pega gavião
Macaco um dos animais
Prezepeiros imorais
Faz careta e nogenteza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O pica-pau é valente
Que faz do seu bico serra
O gato defeca e enterra
Papagaio imita gente
O pássaro vive contente
Nas reservas florestais
De carniça de animais
Urubu faz a limpeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Tem guará e tem jaguar
E tema jaguatirica
Que golpe fatal aplica
Na hora que vai caçar
Pega a vitima pra matar
E luta com esperteza
Tem muita força na preza
A bicha é muito saga is
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza
Contos e fábulas da natureza
Autor poeta Raimundo nonato da silva
O cachorro é candidato
O Prefeito ou Senador
O burro vota no gato
Por que jegue é eleitor
E se o gato se eleger
Pode ser governador
Comadre raposa agora
É candidata que vem
Pede o voto do cavalo
E de dona égua também
Raposa e política esperta
A ladra pior que tem
Compadre gato é também
Presidente do partido
Alem de chefe político
Por que é muito sabido
Enganando os bichos bestas
Já estar enriquecido
Compadre tigre também
Diz que é Veria dor
Comadre onça é assessora
E o lobo devorador
Diz que vai ser candidato
E o bode é seu eleitor
Mas o bode é pulador
E não sabe com quem fica
O tesoureiro é o lobo
Deixa todos na fubica
Mas cuidado com a raposa
Se não agora ela inrrica
Gato e raposa roubam
Cachorro é sem consciência
Lobo e rato roubam muito
Por que tem inteligência
Cada golpe de estado
Acaba com a previdência
Na missa da natureza
É lógico que acredito
O papagaio é o padre
Que faz o sermão bonito
Macaco assoveia e toca
Pro galo cantar bendito
O pardal eu admito
Que ele é o são cristão
A andorinha é a freira
O jumento é com razão
Coroinha da capela
Que o louro faz sermão
O papangu é o papa
Que fala mais de um idioma
Temos o papa larga ta
Que não é papa de Roma
No vaticano da mata
Freio graúna se a proma
O cachorro é o soldado
Raposa é réu infeliz
Macaco é advogado
E o leão é juiz
O tigre é o promotor
Corta o mal pela raiz
Já o gato acusa e diz
O roubo que o rato fez
Gato rico testemunha
Rato pobre é pro xadrez
E urubu por ser preto
Com garça nunca tem vez
Papagaio diz mais de uma vez
Por ter descriminação
Rato pobre urubu preto
E galinha faz confusão
Por que preto puta e pobre
Sempre perde na questão
O jumento é com razão
A sentinela do foro
O louro diz um ladrão
Acusar outro ignoro
O gato acusando o rato
E com raiva disso eu choro
Diz o papagaio no fórum
O julgamento inicia
O macaco é advogado
Se ganhar faz alforria
Mas se perder o réu vai
Parar lá na encho via
Julgado de noite a dia
Um acusa outro defende
Por que o disse e me desse
Quanto mais se tira rende
E o leão da um esturro
Só a tigre é quem entende
O criminoso se rende
Mesmo sem ser réu confesso
A audiência se finda
E diz o macaco eu peço
Que absorva o ratinho
Pra ele fazer sucesso
Na medicina ecológica
O cachorro é o doutor
Se outro bicho se fere
Ele lambe e cura a dor
A raposa é a paciente
E a vitima do terror
A garça é a enfermeira
Eu digo e não é boato
Cuida bem do gado e zela
Quando cata carrapato
O hospital da fazenda
Pode ser curral ou mato
O jumento é o vigia
Da porta do hospital
Seu cacêtete estar pronto
Pra quem sair do normal
Quem rejeita sua ordem
Pode se da muito mal
O casso te pula e canta
Canta a rã e canta a gia
Como uma banda de musica
Cantam dentro da água fria
Cururu e sapo boi
Numa noite de harmonia
Lá na mata o te teu pia
E quem canta é a burguesa
Canta a rola cascavel
E o carão na represa
Todos formam uma orquestra
Do coral da natureza
Tem mais de uma surpresa
Numa lida colunata
Perto de uma cachoeira
Ouve se a voz da cascata
Juntam se as vozes dos pássaros
Com a queda da catarata
Escuta se o papa larga ta
Papangu e papa venta
O cão late no terreiro
No quintal rincha a jumenta
Esta orquestra toda noite
A natureza apresenta
Quando a noite se ausenta
Canta o galo no pule iro
Porco ronca e pinto pia
E o sonhinho prezepeiro
Asso veia como um guarda
Noturno em pé no terreiro
Urra o boi quando o vaqueiro
No pescoço bota a canga
Já o macaco ligeiro
A trepa se no pé de manga
Enrola a ponta do rabo
Com meça fazer moganga
Do cachorro o gato manga
Depois que defeca enterra
Chia o rato no buraco
De uma parede de terra
Como alguém que se esconde
Na fronteira de uma guerra
Berra o bode no chiqueiro
Quando o menino lhe amarra
Pra cantar com a voz perra
Na serra tem a cigarra
Até mesmo os animais
Também gostam de fanfarra
Todo dia ali tem farra
Quando o sol se descortina
Canta a peitica e o canário
e o galo de campina
Rouxinol e patativa
Numa manhã nordestina
Urubu não faz buzina
Mas depois que aterrissa
Vê se uma multidão
Cortejando uma carniça
Como um bocado de gente
Olhando o padre na missa
Depois que o vento atiça
A vaga lume se acende
Já a aranha rendeira
Que trabalha e se defende
E quem vir mexer com ela
Na sua rede se prende
Somente o deus que entende
A natureza abençoa
Sabe por que peixe nada
Sabe por que pássaro voa
Por que cobra se arrasta
E por que abelha ferroa
Pra ficar com a voz boa
O sabiá tem prazer
Procura logo pimenta
Mas só quer aqui arder
Não tem ucéra nem grastite
Nada vai lhe ofender
Peba e tatu ao correrem
Metem-se dentro da toca
O gavião pega a cobra
De uma mão pra outra troca
Solta no chão e lhe pega
Fazendo a maior fofoca
As vazes na grande loca
Esconde se a onça pintada
O leão e a pantera
Preparam-se pra cassada
Que pela sobrevivência
Lutam sem temer a nada
Corre a raposa assanhada
Comedo do lobo mal
Com que fica a sua espera
Dentro de um matagal
Do jeito de um pistoleiro
Pra da um golpe fatal
João de barro especial
Faz uma casa de terra
Contem dois compartimentos
Ele faz certo e não erra
Talvez seja o mais sabido
Doa pássaros que tem na serra
Tem a ovelha que berra
O Deus fazendo louvor
O xexéu canta bonito
Por ser um ótimo cantor
Fazendo da natureza
Uma escola de amor
Meu verso aqui se encerra
Falando nos matagais
Nos pássaros e outros seres
E todos os animais
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Pica-pau serra madeira
Mesmo sem ter dentadura
A formiga cria asas
Para virar tanajura
Rato se torna morcego
E isto não é loucura
Cada um tem o seu dote
Pra lutar de noite a dia
Gato é sargento ligeiro
A onça é tenente e guia
E do oitão do quartel
O cachorro é o vigia
Um no outro se confia
Por se unirem em combate
O leão diz bata em mim
Na leoa ninguém bate
Se eu não defender ela
Meu filhote faz resgate
O transporte do resgate
Dar coice é mula ou jumento
Detona explosão de peidos
E é muito barulhento
O gambá é arma química
Por ter mijo fedorento
Auto desenvolvimento
Temos também a marinha
No exercito lá da praia
Cavalo marinho e sardinha
Peixes de todas espessem
Usando a força todinha
A baleia é a rainha
Topa todo desafio
Pula alto e vai no fundo
Não sente calor nem frio
No porto do oceano
É ele o maior navio
Merece o meu elogio
O tubarão com carinho
Parece com um barco grande
É ele o submarinho
Que nesta força naval
Ele não esta sonsinho
Já a foca e o pinguinho
Ensinam peixes nadar
Cavalo marinho é guarda
Esta sempre a vigiar
Se ver peixe boi marinho
Já corre a traz de pegar
Quando a força do mar
Se sente ameaçada
O poraquê pra dar choque
Combina-se com o espada
E o peixe agulha também
Enfrente qualquer parada
Fora da água salgada
Na doce tem a traira
A piranha é a guerreira
Vê o inimigo e mira
Não usa arma de fogo
Mais uma dentada atira
Na força aéria se atira
Cada um sem ter cansaço
O louro conta piada
O papagaio é palhaço
E o vento ajuda o corvo
Grande piloto do espaço
De tudo eu sei um pedaço
Do exercito da natura
O sonhinho é trapezista
O macaco lhe estrutura
Quem usa o Brasão de arma
Não pode fazer loucura
O mar também tem bravura
Com o seu remanso forte
Um lutando pela vida
Outro enfrentando a morte
Nas suas forcas marinhas
Só vive quem for mais forte
Colibri é helicóptero
Que cheira a flor do jardim
Voa pra frente e pra traz
E nunca se cansa em fim
Bate as asas muitas vazes
Por que Deus lhe fez assim
Já o zigui zigui sim
É ele o lindo avião
Tem as asas transparentes
E mesmo a cima do chão
Comanda a força Aéria
Da base do meu sertão
É a águia com razão
O grande avião aja to
Com bate do ar ao solo
Enxerga a sede e o mato
E filma do céu pra terra
Como quem tira retrato
Tem outro pedrador chato
Mas ele é o ponto chave
Mata o seu rival aos poucos
E tem o vool suave
O qual é o gavião
Eu comparo com uma nave
O urubu não é nave
Mas voa com ligeireza
Morre-se alguém nesta guerra
Pois pode ter a certeza
Que ele come o finado
Fazendo aquela limpeza
O pica pau faz defesa
Com valor especial
Combate o seu inimigo
Seu bico é o arsenal
Destrói o rival no ar
Com uma explosão fatal
Na força aéria das aves
Pois cada um se destina
Defender a sua pátria
Da triste fúria assassina
No batalhão da natura
Um aprende e outro ensina
Não aquém perca a rotina
No exercito do sertão
O galo toca a trombeta
Despertando o batalhão
Cinco horas da manhã
Já começa a malhação
O peru faz pirueta
Gira vigiando a terra
O leão é atalaia
Da fortaleza da serra
O elefante trombudo
Parece um canhão de guerra
Cava um buraco e se enterra
Pra se livrar do ataque
O peba é o carro tanque
Tem casco e suporta Baco
É como os carros de guerra
Usados lá no Iraque
O Tejo prepara ataque
Faz do seu rabo chicote
Casso te é igual a um micio
Quando salta e da pinote
E a cobra é o soldado
Que arma e não erra o bote
O macaco é capitão
Por que tem a pele preta
Quebra coco como quem
Na arma bota espoleta
E faz os colegas rirem
Quando faz uma careta
Eu queria descobrir
Por que a águia é valente
Renova-se a cada dia
Fica bonita e decente
Voa alto e nunca cansa
Encara o sol frente a frente
Por que é que o sol é quente
E por que a lua é fria
Por que um clareia a noite
E outro clareia o dia
E na sua rede elétrica
Nunca faltou energia
Sem pilha e sem bateria
Vaga lume é quem pisca
Quero descobrir por que
Quem não arrisca não petisca
Até pra pegar um peixe
O pescador bota a isca
Por que relâmpago faísca
E por que trovão estronda
Por que é que terra gira
Entorno do sol faz ronda
Por que planes se tem nível
E dona serra é corcunda
Por que cobra não tem bunda
E se a rasta pelo o chão
Vai comendo o pó da terra
Por que não tem pé nem mão
Faz a rodilha arma o bote
E briga até com leão
Quero saber com razão
Por que o porco é seboso
Por que é que pato é limpo
E leão é corajoso
E pavão por ser bonito
Quer da uma de gostoso
Por que coelho é medroso
Por que o peba tem casco
Mora na toca e se vê
O caçador diz me lasca
Por que caçador não brinca
Com seu cachorro carrasco
A canção não é do Vasco
Mas tem a cor branca e preta
Por que larga to se encanta
Para virar borboleta
E o macaco prezepeiro
É palhaço e faz careta
Por que é que a noite é preta
E lua tem quatro fases
Por que é que João de barro
Constrói casa e tem as bases
Assim como o professor
Se expressa bem nas frases
Por que é que a oásis
Da natureza é bonita
Por que é que o mar engole
A vitima e depois vomita
A cigarra não é guarda
E mesmo assim ela apita
Por que coruja é esquisita
Eu quero saber também
Por que sem linha e sem roda
O imbua vai e vem
Com as suas pernas lentas
E parece com o trem
Por que pito quer xerém
Pra sua alimentação
Galinha defende os filhos
Das garras do gavião
Bota de baixo das asas
E encerrou a questão
Quero saber por que cão
Tem muita raiva de gato
O cão persegue a raposa
O gato persegue o rato
No dia que pega um
Está garantido o prato
Quero saber por que rato
Só se transforma em morcego
E qual é a diferença
Do bode para o burrego
E por que o lodo é liso
E provoca o escorrego
Por que tem negro e galego
Por que milho tem boneca
Por que tripa de gambá
Da corda para rebeca
Por que ele fede tanto
Quando urina ou defeca
O tamanduá a breca
E na força se confia
A galinha não tem dente
Come milho põe e pia
Não tem vagina e tem filhos
Burra tem e não da cria
Sé de eu cheirar um dia
Um macho de perto eu corro
Mas já o cachorro cheira
O rabo de outro cachorro
Cutuca o tóba do outro
ele nem da esporro
Tem dois animais domésticos
Que aprendi admirar
Gato defeca e enterra
Sem ninguém lhe ensinar
E o cão late e faz medo
Pro ladrão se assustar
A arara também é
Uma ave muito bonita
A preguiça não trabalha
A Graúna canta e grita
E o mico leão dourado
Pula só pra fazer fita
O rato não acredita
Nas coisas que o gato diz
Nem gato no cachorro
Que não é muito feliz
E diz assim vou morrer
Sem conseguir o que quis
Comadre raposa diz
Compadre cão é esperto
Eu não posso da bobeira
Que ele pode estar perto
Essa é vida dos bichos
Que vivem lá no deserto
Quem é não admira
O mel que abelha constrói
E a formiga que rói
A folha da macambira
A babuia da trairáe
O canto dos sabiás
As curvas que a cobra faz
Com a maior ligeireza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
A lua clareia a noite
Com o seu resplendor forte
É quando o vento do norte
Chega dando aquele açoito
Continua no pernoite
A lua e sua clareza
Perecendo uma princesa
Mas é feita de metais
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza
No terreiro o bode berra
Quando o Boi urra e da bronca
No chiqueiro o porco ronca
E o lobo urra na serra
O peba escavaca a terra
E um buraco ele faz
Esconde-se dos chacais
Lá na sua fortaleza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Cada animal tem o dote
Pra pescar e pra caçar
O cachorro é pra ladrar
Mas a cobra arma seu bote
Pra pegar gente ou casso te
Por dentro dos matagais
Ela é discreta de mais
E tem veneno na preza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O cachorro ao se encontrar
Com o outro companheiro
Cheira logo no traseiro
Para lhe cumprimentar
Ou a traz de encontrar
O que perdeu muito a traz
É que a vida dos chacais
Só é fazer safadeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O homem mata o leão
A onça pega o via do
E a tigre ataca o gado
A baleia o tubarão
Águia pega gavião
Macaco um dos animais
Prezepeiros imorais
Faz careta e nogenteza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
O pica-pau é valente
Que faz do seu bico serra
O gato defeca e enterra
Papagaio imita gente
O pássaro vive contente
Nas reservas florestais
De carniça de animais
Urubu faz a limpeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais
Tem guará e tem jaguar
E tema jaguatirica
Que golpe fatal aplica
Na hora que vai caçar
Pega a vitima pra matar
E luta com esperteza
Tem muita força na preza
A bicha é muito saga is
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza
Os sonhos de cada um
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva
Pois se sonhar do meu tanto
Peço a você se conforme
Porque mesmo sendo em sonho
O meu prazer é enorme
Eu sou do tipo de gente
Que sonha mais do que dorme
Dizem que sonho é ilusão
Mas não era o que eu queria
Todo mundo tive um sonho
Como eu sonhei um dia
E depois guardei meu sonho
Na mala da fantasia
Mesmo sem ser pelo o sono
O sonho é mais do que lindo
Até sonhando acordado
Eu só sei sonhar sorrindo
Sonho não vem só do sono
Que eu sonho sem estar dormindo
Eu sonho enquanto estou vivo
Fazendo mais construção
Do sonho e da fantasia
Sem ter realização
Porém só depois da morte
Meu sonho vira ilusão
Escrevi de madrugada
Fiz o maior sacrifício
Tanto padeci no fim
Como sofri no início
E agora sei que pra pobre
Tudo no mundo edifício
Sonhei gravando CD
E tive um prazer medonho
Sonhei escrevendo livros
Fiquei alegre e risonho
Todo mundo tem direito
De dormir e ter um sonho
Tentei deixar de sonhar
Mas não pude conseguir
Pedi a Deus a insônia
Mas mesmo sem eu dormir
Sonho estando acordado
E começo a refletir
Construí mais de um plano
Dizendo este tem valor
Eu colori os meus sonhos
Com tinta de toda cor
Meus sonhos são invisíveis
Como o próprio sonhador
Eu pensei que eu fazia
Mas eu não pude fazer
Eu sonhei mas é um sonho
Que eu pretendo esquecer
Sonho sem realidade
Nunca mais eu quero ter
Só se eu não esquecer
Irei eu continuar
Sonhar com o impossível
Mesmo sem realizar
Mas enquanto eu não morrer
Não vou parar de sonhar
Eu sei que não consegui
Ter objetividade
Eu construí muitos planos
Para falar a verdade
Meus livros foram de sonhos
Mas tinham realidade
Não realizei meus sonhos
Mas tenho convicção
Que meus planos construídos
Fez-me ser o campeão
Do sonho e da fantasia
Do plano e da ilusão
Pelo um plano ou pelo um sonho
Mais de uma pessoa almeja
Todo mundo tem um sonho
De fazer o que deseja
Enquanto não realiza
Não desiste da peleja
Não sei se dormi com fome
Ou se sonhei acordado
Só sei dizer que meu sonho
Foi mais do que bem sonhado
É uma pena meu sonho
Não ter se realizado
Hoje eu estou conformado
Na alegria e na tristeza
Sou eu um rico de sonhos
Convivendo com a pobreza
Tudo não passa de um sonho
Por mais que seja certeza
Sonho irrealizável
Eu não quero sonhar mais
Quem constrói sonho dormindo
Ao o despertar se desfaz
De todas as fantasias
Deixando os sonhos pra trás
Sonha a mulher velha ou nova
Sonha adulta e criança
Quem não constrói realidade
No sonho tem liderança
Quem tem vontade e não pode
Mas no sonho tudo alcança
Sonha o jovem que estuda
Em ser um homem formado
Tem um sonho de ser médico
Juiz ou advogado
Porque se não fosse o sonho
Nada tinha resultado
O sonho viaja e para
Como um navio no porto
Sonho eu enquanto vivo
Com prazer e com conforto
Porque homem nenhum pode
Sonhar quando estiver morto
Seja o homem velho ou novo
Sonha desvendando enredo
Um sonha tendo coragem
Outro sonha tendo medo
Quem não sonhou vai sonhar
Seja mais tarde ou mais cedo
Um diz que o sonho é bom
Outro diz que é ruim
Porém só depois da morte
Os meus sonhos chegam ao fim
Se não existir alguém
Que queira sonhar por mim
O sonho é como um segredo
Muito mais do que mistério
Se um diz é brincadeira
O outro diz que é serio
Tem sonho que é tão bom
Que deixa o sujeito aéreo
Eu sonhei na meninice
Com paz sossego e saúde
Sonhei na adolescência
E sonhei na juventude
Sonhei mais realizar
O meu sonho eu não pude
Só Deus conhece o meu sono
E o tanto que sonhei
Deus viu quando eu fui dormir
E viu quando despertei
Falando de todos os sonhos
Que nunca realizei
A caderneta dos anos
Aumentou a minha idade
Fui jovem e hoje sou velho
Para falar a verdade
Amanhã posso morrer
Porque tudo é vaidade
Sou escultor e pintor
Poeta e artista plástico
Eu construí ilusão
E mais de um sonho fantástico
O meu sonho esticou tanto
Que eu pensei que era elástico
Ah se eu pudesse de novo
Voltar a ter quinze anos
Podendo realizar
Todos meus sonhos e planos
Esta chance acabaria
Meus maiores desenganos
Se eu matar os meus sonhos
Na velhice faço encosto
Porque a maquina do tempo
Encheu de pregas o meu rosto
E as rugas são os sinais
Do cansaço e do desgosto
Um sonha sendo aluno
Outro sendo professor
Um sonha em ser fazendeiro
E outro sendo doutor
Se o sonho for pequeno
Grande é quem lhe dá valor
Um sonha em ser trapezista
De circo dono ou palhaço
Um pensa em ser bom atleta
Pro outro comprar seu passo
O sonho não é criança
Mas eu carrego no braço
Uma sonha sendo deusa
Outra sonha sendo musa
Quando dorme que se tem
Um sonho bom não recusa
Quem não faz nada em verdade
Mas no sonho tudo usa
O sonho bom é bonito
Mas o sonho ruim é feio
Tem sonho que faz a gente
Ficar no triste aperreio
Se meu crânio fosse o mar
De sonhos estava cheio
Sonho eu sonha você
O adulto e o menor
Sonha o feio e o bonito
O pequeno e o maior
Porque todos nós sonhamos
Com um futuro melhor
Sonhou vovô e vovó
Meu tio tia e prima
Parente irmão mãe e pai
Amigos fazendo estima
Até o poeta sonha
Com verso viola e rima
Sonha o preto e sonha o branco
O cabeludo e o careca
Tem um que sonha pescando
Outro caçando marreca
Pois no sonho a gente sabe
Quer-se ser santo ou se peca
Um sonha sendo bandido
Outro sonha sendo artista
Outro viaja dormindo
Sonha sendo motorista
Tem deles que dorme e sonha
E vira o carro na pista
Na esqueça de lembrar
Do sonho nunca esqueça
Dia tarde madrugada
Anoiteça ou amanheça
O sonho é meu inquilino
Mora na minha cabeça
Tem moça nova que sonha
Em ser modelo ou atriz
Rapaz sonha em ser ator
Ou político do país
Mesmo não sendo real
Sendo no sonho é feliz
Tem moça que sonha sendo
A miss paraibana
Tem rapaz que sonha sendo
Jogador toda semana
Mesmo sem realidade
Com o sonho se engana
Tem rapaz feio que sonha
Com uma mulher bonita
Se você nunca sonhou
Mais eu sonhar me permita
O sonho existe pra todos
Só sonha quem acredita
Muito mais do que elástico
O meu sonho se esticou
Foi crescendo foi crescendo
Pelo o mundo se alastrou
Eu não consegui chegar
Aonde o meu sonho chegou
Meu sonho foi no lugar
Que não pude conhecê-lo
Um dia saio de mim
Sem eu poder percebê-lo
E quando retornou a mim
Trouxe mais um pesadelo
Sou um construtor de sonho
Se o sonho é feito por mim
Deus o autor que me fez
Permitiu me ser assim
Dormi menos e sonhar
Muito do começo ao fim
Um sonha sendo artista
Para passar na TV
Só porque o sonho existe
Pra mim e para você
Porém tem gente que sonha
Sem ter pra quem nem por que
Sonetos de autoria do poeta
Raimundo Nonato da silva
1 a educação
Sem precisar de estudo
Eu sei você também sabe
Que a dona educação
Em todo canto ela cabe
Tem pobre que não estudou
E respeita e é respeitado
E tem rico que se formou
E é bruto e mal educado
É grande privilegio
Sem aprender em colégio
E pelo o que eu conheço
Estar em quem ler correto
E até no analfabeto
Educação vem do berço
2 sem estudo
Eu sei um pouco de tudo
Mesmo sem eu ler correto
Queria eu ter estudo
Pra não ser analfabeto
Eu quero estudar a lua
Estrela sol e firmamento
Chuva e nuvem que flutua
Relâmpago trovão e vento
Queria eu falar nos campos
Nas árvores e nos pirilampos
E nas coisas que Deus fez
Nas aves e também nas rosas
E nas flores mais cheirosas
Palestrando com vocês
3 A natureza
Admiro a natureza
Com os seus verdes pomares
Ela tem tanta beleza
Nos rios lagos e os mares
Tem pedra rocha na ilha
Tem montanha pico e monte
Eu acho uma maravilha
A cachoeira e a fonte
Sem perder o meu compasso
Quero estudar o esparso
Medir tudo pouco a pouco
Mesmo que os homens sábios
Digam com seus próprios lábios
Aquele poeta é louco
4 uma manhã no sertão
É bom ouvir no sertão
Numa manhã matutina
Após da chuva a cação
Do galo lá da campina
Os pássaros sentem alegria
Quando cai chuva no chão
Até o urubu pia
Numa manhã no sertão
Graúna fica estalando
Canta bonito imitando
Quase todos os passarinhos
E outros pássaros pequenos
Tiram capins dos terrenos
Para construir seu ninho
5 É preciso pensar
Não mato nem faço ofensa
Deus me livre não sou ruim
Só mata assim quem não pensa
Quem pensa não mata assim
Você que assassinou
Ou o já ofendeu um dia
Fez mal porque não pensou
Se pensasse não fazia
Alguém cometeu pecado
Talvez por não ter pensado
No mal que pode fazer
Se procurasse pensar
Talvez não quisesse errar
Nem matar e nem morrer
6 Mulher de casa
A minha mulher querida
Para me lava e costura
Ela faz minha comida
Ama-me muito e é pura
Cuida dos filhos e do lar
É muito trabalhadora
E aprendeu me amar
De uma forma encantadora
Quando é de noite na cama
Para provar que me ama
Tudo que eu quero ela quer
Na saúde vida ou morte
Eu amo a minha consorte
Deus te proteja mulher
7 O buraco
Esta vida é um buraco
Todo mundo dentro cai
Seja forte, ou seja, o fraco.
Pra este buraco vai
De um buraco sai
Por outro meu pai passou
Se eu morrer hoje aqui
Pra outro buraco vou
Até você ao ter fome
Se pelo um buraco come
Por outro bota pra fora
Em questão de um segundo
No buraco deste mundo
Posso cair qualquer hora
8 Riqueza fácil
Já vi empregado rico
Fazer patrão ficar pobre
Mais através de um fuxico
Qualquer roubo se descobre
Porém da noite pro dia
Tem muita gente enricando
Enquanto outro desconfia
E diz ele estar roubando
Riqueza fácil de mais
Quando agente vai atrais
Sempre tem furto no meio
Talvez alguém lhe deserde
Quando o pobre rico perde
Volta pro mesmo aperreio
9 Soja no lugar de mata
No lugar de mata soja
A maldade chega átona
Onde o homem mal se aloja
Devastando a amazona
Estamos vendo os transgênicos
No lugar da química orgânica
O Brasil esta anêmico
Sem espaço pra botânica
A mata atlântica da gente
Ta ficando diferente
Aqui e ali lacuna
Os índios e os animais
Perdem as reservas florestais
Que é a maior fortuna
10 Político enganador
Você hoje me desconhece
Mais antes me conhecia
Pediu que um voto eu lhe desse
Mais já esqueceu do dia
Chegou e me abraçou
E com conversa fiada
Meu voto você ganhou
E no fim não ganhei nada
No tempo da eleição
Apertou na minha mão
E um falso sorriso deu
Porém depois da vitória
Tirou tudo da memória
E do meu voto esqueceu
11 Escravidão
Iaiá moça ou menina
Do tempo da escravidão
Era vitima da ruína
Do assédio do patrão
O tal senhor de engenho
Quando abusava a sinhá
Queria ter desempenho
E procurava iaiá
E o capitão do mato
Ao negro da maltrato
Com os carrascos feitores
No tempo da escravidão
Era grande a humilhação
Dos negrinhos sofredores
12 Dias finais
Os dias da minha ida
Estão chegando a galope
Fiz pesquisa sobre a vida
Mas, esta não deu ibope.
Segundo minuto e hora
O dia semana ou mês
Vou medir o ano agora
E depois digo a vocês
No passado fiquei doente
Irei morrer no presente
Sinto que estou em apuro
Mesmo na dor da tristeza
Digo com toda certeza
Que no céu ta o meu futuro
13 O sábio e o tolo
Quando o homem sábio fala
Tem outro sábio falando
Mais o bobo não se cala
Ouvindo a sábio falando
Fica fazendo zoada
Intromete-se no meio
E por não saber de nada
Faz um papel muito feio
Alguém que não tem estudo
Anda se metendo em tudo
A traz de encontrar espaço
E um sábio ouvindo e vendo
Outro mais sábio dizendo
Aquele ali é palhaço
14 A inocência do tolo
Inocência tem deixado
Tolo pensar que é esperto
Como tem alguém errado
Pensando que é esperto
Quem não tem inteligência
Entra onde não lhe cabe
E por não ter consciência
Quer falar do que não sabe
Quem no erro permanece
Fala do que não conhece
E não se defende bem
Posso chamar de jumento
Quem não tem conhecimento
E quer teimar com quem tem
15 A verdade
A verdade é o diploma
Do caráter de alguém
Quem tem não tira nem toma
Nem mente pra se dar bem
O verdadeiro não mente
Nem estando em desvantagem
Mesmo perdendo é decente
Ele não faz sabotagem
A verdade e o verdadeiro
Um do outro é companheiro
O útil e o agradável
Mesmo o mundo sendo assim
Com gente boa e ruim
Mas, o justo é responsável.
16 O mentiroso
Onde o mentiroso paca
Ele deixa o seu currículo
Mente rouba e faz trapaça
E faz o papel ridículo
Diz o que fez e o que não fez
Com parolagem e mentira
E só é quem quer ter vez
Quando um besta lhe admira
Alguém que quer ser tão útil
Agindo como um inútil
Sem perceber que estar sendo
Se não for doido de mais
Ou ele é cego ou se faz
Que não estar entendendo
17 vice versa
Através de uma crônica
Um ante – retrogrado diz
Que a pessoa antagônica
Toda hora se maldiz
Tem um que é pessimista
E só pensa negativo
Nunca faz uma conquista
Este é o morto vivo
Covarde não faz sucesso
Quem interdita o progresso
Interrompe a caminhada
Sua e de mais alguém
E por não se sair bem
Termina a vida sem nada
18 o campeão
Tenho raiva de tristeza
Detesto noticia ruim
Não gosto de má surpresa
Nem de um não ao invés de um sim
Eu descarto o negativo
Dou fora no pessimismo
Eu só penso positivo
Nasci pra ter otimismo
Eu já mais irei perder
Deus me fez para vencer
Por isso sou campeão
Cad luta é uma vitória
Eu trago o troféu do gloria
Na palma da minha mão
19 a morte
A morte nunca vai presa
E vive matando gente
Pega o pobre de surpresa
E mata o rico doente
Magro gordo baixo ou alto
Pode ser feio ou bonito
Tira a vida num assalto
Chega sem dar nem um grito
A ninguém da esperança
Mata o velho e a criança
Moça menino e rapaz
Mata o homem e a mulher
Ela mata quem quiser
A morte é ruim de mais
20 sentimento
O sentimento também
Não existe em todo mundo
Conheço poucas que tem
O que Deus deu a Raimundo
Quando vejo alguém doente
Sofrendo e passando mal
Eu sinto o que o outro sente
Porque sou sentimental
Quando vejo alguém morrer
Eu fico pra não viver
Porque conheço o amor
E digo de coração
Que não faço distinção
De tipo nível e de cor
21 ricos de espírito
Mas, Jesus deixou escrito.
Naquele tempo passado
Que o pobre de espírito
É o bem aventurado
Pobre de espírito é quem
Vive cheio de humildade
Mesmo humilhado faz bem
Porque tem simplicidade
O homem que não tem fé
Rico de espírito é
Orgulhoso e arrogante
Exalta-se e humilha alguém
Se alguma coisa tem
Acha-se todo importante
22 orgulho
Tem gente que se orgulha
E pensa que nunca morre
Mas, a mão do tempo embrulha.
Quem a Jesus não recorre
Tem gente que se pudesse
Nem pisaria no chão
Mais quando morre apodrece
Querendo o defunto ou não
Vejo mulher vaidosa
Tão bonita e orgulhosa
Gastar com os prazeres seus
Neste mundo tão imundo
São bonitas para o mundo
Mais são feias para Deus
23 infidelidade
Mulher que trai o marido
Homem que trai a mulher
Na bíblia eu já li bem lido
Que gente assim Deus não quer
A bíblia mais que jornal
E mostra no seu papel
Que Deus é justo e leal
Mais só com quem é fiel
Esposo ou mulher que trai
Pra casa de Deus não vai
Ambos por agirem assim
O céu é um lugar santo
Não é como um outro canto
Que aceita o que é ruim
24 minha amada
Você minha amada é
Bonita e especial
É uma mulher de fé
E muito espiritual
Você tem olhos castanhos
E os cabelos compridos
Seus gestos meios estranhos
Por me são reconhecidos
Não é loira nem morena
E tem a boca pequena
No nosso amor eu aposto
Acho que se Deus quiser
Vai ser a minha mulher
Porque é dela que gosto
25 Onisciência de Deus
Conheço alguém que encobre
Todos os pensamentos seus
Seu não contar Deus descobre
Todos os pensamentos meus
Tem muitas coisas que sinto
E só com Deus eu comento
Pode crer que eu não minto
Só Deus ler meu pensamento
Nem adianta ter medo
De Deus descobrir segredo
Porque Deus sabe de tudo
Não precisa alguém falar
Que mesmo sem procurar
Deus acha todo a miúdo
26 O fuxiqueiro
Peço a Deus que me ausente
De quem é mexeriqueiro
Que levanta falso e mente
Leva e traz o tempo inteiro
O fuxiqueiro é horrível
Ele vive procurando
É tão grande o seu desnível
Por tudo estar perguntando
Pessoa cínica e ruim
Do começo até o fim
Pelo o mal se interessa
Que gente que leva e traz
Nunca anda atrás da paz
Só anda atrás da conversa
26 beijo
O teu beijo tem sabor
De melancia madura
E teu corpo sedutor
Vai me levar a loucura
Teus seios endurecidos
E teus olhos pequeninos
De amos somos perdidos
Parecemos dois meninos
E as tuas pernas belas
Quando eu olho pra elas
Tremo-me de emoção
E o teu corpinho quente
A quentura do meu sente
Chega queima o coração
28 Mulheres velhas ou novas
Seja a mulher velha ou nova
Sabendo fazer amor
Só num sarro ou numa sova
Geme até sem sentir dor
Como falou Amelhinha
No verso de patativa
Mulher quanto mais novinha
Mais mantém a força viva
Mulher bonita e cheirosa
Sendo ela carinhosa
Alegre fogosa e quente
Sabe amar e dar prazer
E faz o homem gemer
Mesmo sem estar doente
29 vencedor
Trago mais de uma medalha
Na aba do meu chapéu
Quando eu vencer a batalha
Deus vai me dar um troféu
O meu desejo é chegar
Um dia no paraíso
Para me harmonizar
Com som bonito eu preciso
Concilia-me com as almas
E saldar a Deus com palmas
Porque ele é soberano
Ele é pai criador
Cura o mal e tira a dor
Do coração do humano
30 um dia
Um dia eu vou estear
A bandeira da vitória
Quando este dia chegar
Eu gritarei gloria, gloria.
Deus há de me dar haveres
E tendo prosperidade
Oferto dos meus viveres
Aquém tem necessidade
Deus é muito dadivoso
Rico forte e generoso
E de tudo Deus é dono
É maior que ditador
Muito mais que imperador
Ninguém tira Deus do trono
31 fome
Vejo o pássaro saciar
Sua cede e sua fome
Vejo pobre chorar
E faz dias que não come
A seu pudesse prover
Munir dando o necessário
Mais não posso abastecer
A vida do proletário
Pois o pobre que não tem
Não pode ajudar ninguém
Nem agora nem depois
Eu digo e estou sentindo
É mesmo que estar pedindo
Esmola pra todos dois
32 velhice
Eu não tive ama de leite
Que chamamos de babá
Hoje velho e sem enfeite
Perto de ficar gagá
Eu pequei no mundo mal
Mas, peço a Deus me perdoe.
Que gagá ficou babau
Acabosse já se foi
Um me chama de maluco
Outro de velho caduco
Aos poucos estou morrendo
E o que zomba de mim
Breve chegará ao fim
Já está envelhecendo
33 Superioridade
Conheço um homem que diz
Alguém tem medo de mim
No fim sempre se maldiz
Quem pensa enganado assim
Tem homem que ta pensando
Que só quem é homem é ele
E tem outro homem falando
Cabra enganado é aquele
Ele espanca quem é mole
Diz comigo ninguém bole
Porque eu sou boca quente
E às vezes um Zé ninguém
Acaba a vida de quem
Achava-se tão valente
julgamento
Eu não vou julgar ninguém
Que esteja certo ou errado
Porque quem julgar alguém
Também irar ser julgado
Não vou tirar o argueiro
Do olho do meu irmão
Tenho que tirar primeiro
O que ta na minha visão
Vê os defeitos aleios
Acho isto muito feio
Eu mesmo não vou olhar
Se eu olhar não sei quem
Esqueço de mim também
E começo a me atrapalhar
35 Pé inchado
Tem dois vícios lhe matando
Alcoolismo e tabagismo
E você nem estar notando
Que ta entrando no abismo
E sua barriga inchada
Não cabe mais outra dose
Você findou a jornada
Porque estar com cirrose
É tão triste o resultado
Você que é pé inchado
Veja bem preste atenção
Valeu a pena beber
Embriagar e morrer
Sem direito a salvação
36 caipira
Tabaréu é um caipira
Marido da taba roa
Pra ele eu tiro o chapéu
E ela é ótima pessoa
Pode até ser beiradeiro
Do jeito que você diz
Mas, mesmo sendo roceiro.
Ele é um homem feliz
Mora lá no pé de serra
Numa casinha de terra
Toda coberta de palha
O matuto e a matuta
Que não foge da labuta
Aquele casal trabalha
37 irresponsabilidade
Irresponsabilidade
É coisa pior que existe
Quem tem sua qualidade
Deixa-me mais do que triste
Comprava e não me pagava
É ladrão e vagabundo
Se eu fosse à morte eu matava
Todos velhacos do mundo
Você é desagradável
Ruim e irresponsável
Não cuida bem do aleio
É tão covarde e velhaco
Onde existir homem fraco
Você também ta no meio
38 vontade
É pensamento e vontade
Duas coisas sem futuro
Pra um não dou liberdade
Pra outra eu nem aventuro
Vontade é muito enganosa
E pensamento é perdido
E essa ânsia horrorosa
Vou tirar do meu sentido
Não gosto de esperar
Quem estar para chegar
Nem quero ser esperado
Não dou maçada a ninguém
Pra não receber também
Mas, sempre sou enganado.
39 Casal feliz
Casal feliz é aquele
Que se ama toda hora
Ele é dela e ela é dele
E um com outro namora
Até depois de casados
Os dois ficam namorando
Porque são apaixonados
E assim vivem se amando
Isto sim é que é amor
Em todo lugar que for
Os dois lembram dele ou dela
Os dois ou eu ou você
Não se esqueçam por que
A felicidade é bela
40 a criança
No sorriso da criança
A gente encontra inocência
É como a flor da esperança
Que tem a melhor essência
A criança é muito linda
É meiga amável e doce
Sua presença é bem vinda
Para o mundo Deus lhe trouxe
Criança é como um arcanjo
Que nos chamamos de anjo
Por sua simplicidade
Faz pena ver o inocente
Se perder futuramente
Neste mundo de maldade
41 pais e filho
Como pai respeita os filhos
Como filho honro o meu pai
Respeito é bom e não cai
E já mais perde os seus brilhos
Eu amo meus genitores
E os meus filhos queridos
Meus filhos me dão valares
Meus pais são meus preferidos
Por ser pai devo ensinar
O meu filho respeitar
O mais novo e o mais velho
E quem respeita seus pais
Na terra viverá mias
Disse Jesus no evangelho
42 Renunciando a riqueza
Nunca pensei em fortuna
Em dinheiro nem riqueza
Se for pra vir vem átona
Mas, eu gosto da pobreza.
Quem morre não leva nada
Porque nada ninguém tem
Tudo é de Deus camarada
Ouviu besta entenda bem
Eu não corro atrás de ouro
De botija e de tesouro
Nem na quina vou jogar
Já falei pra todo mundo
Que nu vim a esse mundo
E nu também vou voltar
43 Amiga inimiga
Hoje eu estou mais feliz
Você olhou para mim
Não me olhou sorridente
Mas, fico feliz assim.
Com a câmara do meu olhar
Filmo-te a cada segundo
Sem você presenciar
Mesmo de Lange eu te sondo
Pra mim é grande alegria
Avistar-te todo dia
Sem sentir o teu calor
É minha amiga inimiga
Que não quer ser minha amiga
Que dirá o meu amor
44 Amigo de verdade
Amigo mesmo é aquele
Seja de noite ou de dia
Estar com ele ou com ela
Na tristeza ou na alegria
Amigo é sem falsidade
Sem inveja e ambição
Um amigo de verdade
É melhor que um irmão
Amigo leal não mente
Sente o que o outro sente
Seja mais cedo ou mais tarde
Se for um amigo forte
Estar na vida e na morte
Ele já mais é covarde
44 O enxerido
Quando o homem é enxerido
Quer fazer o que não sabe
Conheço um que é metido
Entra onde não lhe cabe
Alguém fala do xereta
E faz até desafio
E ele por ser careta
Pensa que é elogio
Tem alguém que diz assim
Aquele sujeito é ruim
E vive se amostrando
Tem metido que é recruta
Parece que não escuta
O que o povo estar falando
45 Dever do cidadão
Sabendo a vida o que é
Aprendi agir assim
E já mais vou dar o pé
Para alguém falar de mim
Não devo nem um vintém
Sou justo não sou velhaco
Porque quem deve a alguém
Se não pagar é um fraco
Nunca disse que sou santo
Mas chegando a qualquer canto
Sei entrar e sei sair
Posso não ser sabichão
Mas com este cidadão
Ninguém vai se divertir
46 O homossexual
Fresco guei e travesti
Veado eu deixo pra lá
Sapatão e lésbica aqui
Um do outro é xará
Se o nome é diferente
Tem o mesmo significado
Pois tanto faz para a gente
Sapatão como veado
Homem outro homem quer
Mulher quer outra mulher
Para amassar o bombril
E o cabra quando é fraco
Com outro troca o buraco
Que vergonha pro Brasil
47 inveja
Você é um homem vão
E sua mulher é vã
Não vou criar confusão
Mas aguardo o a manhã
Você que foi tão inútil
E ela insignificante
E neste mundão tão fútil
Sem nenhum ser importante
Tanto você como ela
Caíram na esparrela
Na qual vocês mesmo armaram
Mas, fama vem e depois some.
Começaram sem ter nome
E sem nome terminaram
48 Meu anjo
Se você não for arcanjo
Pode ser um querubim
Não sendo um dos dois é anjo
Que Deus mandou para mim
Esse seu jeito bonito
Muito alegre e radiante
Preenchendo o requisito
De quem é mais que um amante
Eu quero pactuar
E contigo me ajustar
Enquanto vida eu tiver
Quero gritar e dizer
Pra todo mundo saber
Ela é a minha mulher
49 Futuro esposo
Seu amor eu não recuso
Para me já virou habito
Teu beijo uso e não abuso
Porque gosto do seu hálito
Você vai se acostumar
Beijar-me como eu te beijo
E quando se habituar
Diz-me mate o meu desejo
Eu faço o que você quer
Irar se sentir mulher
E me dizer de uma vez
É você que quero e quis
Você me faz ser feliz
Outro não faz e nem fez
50 escravidão
As algemas dos coitados
Eram trancadas com cravos
Mãos e pés acorrentados
Assim viviam os escravos
Eram vitimas dos açoites
Das chibatas dos feitores
Sofrendo dias e noites
As pressões dos maus senhores
Tirando o peso do lombo
Uns fugiam pro quilombo
Para se livrarem dos maus tratos
E sem defesa legitimas
Muitos se tornaram vitimas
Dos maus capitães dos matos
51 superior
Você é especial
Não se acha inferior
O homem e mulher leal
Em tudo é superior
Eu não posso adivinhar
Este poder só Deus tem
Mas, poeta ao meditar.
Ler o coração de alguém
Alguma coisa me diz
Que você só é feliz
Numa coisa e noutra não
Não bota as magoas pra fora
E faz muitos dias que chora
Através do coração
Sou um poeta pobre agradeço muito a Paulo fraça e outros que divugarem o meu tra balho.
queria um cordel pequeno
boa tarde!
a literatura de cordel é o marco da cultura do nosso brasil, por isso eu sou apaixonado de coração por essa ferramenta que é uma fonte enriquecedora da leitura.
estou na fase do tcc se puder me enviar algumas dicas agradeço.
a leitura de cordel e muito importante,por isso devemos conserva-la,pois faz parte da cultura do nosso povo,conta um pouco da vida do sertao
gostei muito desses cordeis
quem for o autor desses cordeis meus parambéns ,foi um sucesso,gostei muito
Eu adoro literatura de cordel!!
Adorei essa literatura de Cordel
oi tenho 42 anos voltei a estudar na 6serie minha professora me pediu que fizese um trabalho historia da aguia e raposa em cordel noa to conseguindo fazer gostaria que me ajudace ficari a muito agradecida
legal…………
as leituras de cordel e ruim porque tem muito palavao
pla amo cordel
achuu muinto bom pois encentiva mais os jovens a lerem digo isso por eu tmb sou jovem e gosto muinto de ler.(l)
eu achei muito legal me ajudol muito brigado
a menina que falo que literatura de cordel tem muita palavão e mentira e uma
leitura muito agradavel de se ler xauuuuuuuuuuuu
o cordel foi inventado na espanha e eles trazeram para o nordeste então e mais tipico o cordel aqui no nordeste
o teatro e bem bonito
cordel em livraria é muito bom é melhor do que feira de artesanato:)
muito bom um novo jeito de trazer noticia para a população!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
euuuuu amoooo cordel ja fiz uma apresentaçao na minha escola e ooooooootiimoooo que criou o cordel esta de parabensss beijoaooooo xauuuu
cambio desligoooooooo
sou negro amooooooo literatura de cordel mas eu sou negro negro negro falo negro ando negro canto negro….mas eu honro minha raça porque eu souuuuuuuuuuuuuuuuuuu neeeeeeeeeeeeeeegrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo…assinado marcos rafael da escola municipal santa maria
leitura de cordel é muito interesante eu principalmentel adorei vou pedir para a professora de computaçaõ passa mais texto sobre leitura de cordel la na escola todo mundo adorou leitura de cordel eu exatamente fui a primeira mas tambem quem naõ gosta de leitura de cordel
poeta:karina
quem sue eu?
sou dona do meu coraçaõ
vivo por ai,sem rumo
sem direçaõ
aos meus amigos
quero dizer amo todos
cada um com sua
maneira de dizer
mais falta palavras
para exclarecer
no amor adoro amar
mais quase tudo
tem que acabar
mais hoje estou
aqui e estou
muito…
Sou uma apaixonada pela Lieratura de Cordele gostaria de receber muitas informações ou conhecimentos sobre a mesma, como também entrevistar alguém que faz parte dessa encantada Lieratura, estou trabalhando um projeto com os meus alunos do Ensino Médio da Escola EstadualJacob Guilherme Frantz de São joão do Rio do Peixe e o nome do Projeto é:APRENDENDO E PRODUZINDO COM O CORDEL. Queria receber informações ou mais conhecimentos para enriquecer os meu projeto, pois os educandoas já estão produzindo textos em forma de cordel, cada um mais lindo que o outro.
Abr@ço
Maria Amador- São João do Rio do Peixe- Paraíba.
eu adorei a literatura de cordel eu percebi que essa literatura e uma coisa importante para todos nos.